Porque é que a Cybersecurity é tão importante?
Qual é a primeira coisa que faz quando acorda? Se for como a maioria das pessoas, provavelmente agarra desesperadamente no seu telefone, desliga o alarme e, em seguida, abre o Instagram ou o Youtube. A Internet e todos os aparelhos e dispositivos que passa horas e horas a utilizar perfazem uma enorme parte da sua vida, uma vez que estão profundamente integrados na sociedade.
Tem um emprego? Tem de disponibilizar o seu número de segurança social, a sua morada e os dados da sua conta bancária logo desde o início. Está doente e tem de ir ao médico? Todo o seu historial médico vai diretamente para o respetivo sistema. Inscreve-se no seu ginásio do bairro? Os detalhes básicos sobre a sua vida são diretamente introduzidos na respetiva base de dados. Até as compras online exigem a introdução de dados muito sensíveis.
À medida que a sociedade se torna mais digitalizada, ligada à Internet e ligada a uma vasta gama de dispositivos, mais fácil se torna para os hackers e outros magos da Internet conseguirem acesso. A informação que é divulgada na Web pode ser tão simples como a sua idade ou cor favorita e tão importante como os números do seu cartão de crédito, morada ou número de segurança social. Como pode proteger os utilizadores e evitar que estas informações caiam em mãos erradas? Uma palavra: cybersecurity.
O que é a cybersecurity?
Ao ouvir a palavra cybersecurity (cibersegurança), notamos duas palavras muito claramente: ciber e segurança. Ciber é referente a computadores, à Internet e ao mundo da realidade virtual, enquanto segurança implica proteção contra quaisquer ameaças ou perigos potenciais. Atualmente, a Internet é um local onde todo o tipo de informação é trocada, armazenada e introduzida em bases de dados como o Google Drive, em e-mails, e na misteriosa e abrangente Nuvem.
Sempre que cria uma conta num website que requer um nome de utilizador e uma palavra-passe, está a introduzir informação no respetivo sistema e essas empresas, organizações, ou outras entidades tornam-se responsáveis pela sua informação privada até um certo ponto, o que significa que se algo acontecer aos dados, então terão problemas entre mãos. Podem não ser totalmente responsáveis no caso de uma violação de dados. No entanto, os utilizadores podem desistir e cancelar a subscrição dos respetivos serviços se sentirem que a sua informação privada não é tratada com cuidado.
Assim, para proteger essa informação, os programadores e empresas de cybersecurity utilizam uma variedade de ferramentas para bloquear quaisquer intrusos e saber se ocorreram quaisquer violações de dados no respetivo sistema.
Quem está a tentar roubar a sua informação?
Para cada super-herói existe também um supervilão e a cybersecurity é essencial, dado que os ciberataques se tornaram mais sofisticados e nefastos, especialmente porque estes crimes continuam a evoluir a par da tecnologia. À medida que a sociedade se torna cada vez mais dependente da Internet para partilhar dados sensíveis, os hackers realizam estes ciberataques e dão o seu melhor para aceder e utilizar informações pessoais a fim de roubar identidades, gastar dinheiro, apagar ou adicionar informações, e muitas outras atividades ilegais. O cibercrime tornou-se um problema que gerou a necessidade de as empresas e organizações criarem contramedidas contra estes hackers para que os profissionais de cybersecurity possam travar estes ataques antes de os mesmos acontecerem, verificar se ocorreu uma violação de dados, ou tomar medidas após a aprendizagem de um ciberataque.
Como funciona a cybersecurity?
A fim de proteger os utilizadores contra ameaças, os profissionais de cybersecurity têm de salvaguardar e criar métodos novos e inovadores para garantir a segurança da respetiva informação. Existem três tipos diferentes de medidas que a cybersecurity utiliza para proteger a informação: prevenção de ameaças, deteção de ameaças e resposta a incidentes.
Prevenção de ameaças
De modo semelhante à segurança em geral, a cybersecurity concentra-se essencialmente na criação de uma defesa impenetrável que não permite a entrada no respetivo espaço vulnerável. O objetivo da prevenção de ameaças é proteger o perímetro da rede e bloquear o tráfego para que o malware e os ataques de phishing não sejam capazes de chegar à informação de qualquer base de dados que a empresa tenha à disposição. As violações de dados são uma grande ameaça a qualquer conjunto de dados e este tipo de segurança atua como um escudo que não deixa entrar programas externos.
Deteção de ameaças
Enquanto a prevenção de ameaças é utilizada para criar um escudo, a deteção de ameaças é uma ferramenta que analisa e percorre a rede a fim de verificar se existem programas ameaçadores ou malignos que tenham entrado no sistema. Embora contar com medidas de prevenção de ameaças seja bastante importante, isso nem sempre proporciona uma garantia de 100% de que não há algum tipo de malware presente, sendo aqui que o software de prevenção de ameaças é bastante útil para os profissionais de cybersecurity. Eles têm de descobrir ou procurar estes programas externos, uma vez que estes dão o seu melhor para permanecerem ocultos e continuarem a aceder à informação privada que se torna disponível para os mesmos.
Plano de resposta a incidentes
Para além destes dois métodos de mitigação do risco de cybersecurity, um plano de resposta a incidentes é outra ferramenta essencial a ter à sua disposição. Como foi referido anteriormente, o mundo dos ciberataques está constantemente a mudar e a tornar-se mais complexo, o que significa que pode haver momentos em que o castelo tenha sido cercado, mas não há necessidade de se preocupar.
Ter esse plano de resposta a incidentes à mão permitirá à equipa de cybersecurity estar preparada e pronta a tomar medidas depois de os danos terem ocorrido. Estes planos são criados para mitigar o risco de cybersecurity, melhorar o tempo de resposta ao ciberataque, evitar problemas adicionais e orientar as equipas com instruções detalhadas, dependendo do tipo de ataque que tenha sido realizado.
Ainda que ninguém queira que os hackers alguma vez tenham acesso aos respetivos dados, é necessário ter um plano de contingência preparado para que a equipa de cybersecurity lide com uma situação dessas de forma calma e sensata.
Quem gere a cybersecurity?
Desde que a cybersecurity se tornou um elemento importante no campo das TI, as empresas abriram uma quantidade impressionante de cargos de cybersecurity, que incluem analista de segurança, engenheiro de segurança, arquiteto de segurança, administrador de segurança, e responsável de segurança da informação. Cada um destes tem diferentes responsabilidades que são parte integrante da equipa de cybersecurity.
Tal como a denominação indica, o trabalho de um analista de segurança inclui a análise e avaliação de quaisquer potenciais pontos fracos para o sistema e, em seguida, o fortalecimento desses pontos vulneráveis. Os engenheiros de segurança são contratados para observar os sistemas e realizar análises de registos e forenses para detetar se existem quaisquer problemas de segurança. Também criam o plano de resposta a incidentes, para quando ocorrer uma violação de dados, e investigam novas tecnologias que possam melhorar a proteção dos respetivos dados.
Quando os arquitetos de segurança começam a trabalhar, eles concentram-se na criação de sistemas de segurança inteiramente novos ou de secções principais dos mesmos, ao passo que o administrador de segurança instala e vigia a segurança como uma entidade de toda a organização. O líder de todos estes cargos seria o responsável de segurança da informação ou CISO (Chief Information Security Officer), e este cargo implica a gestão dos respetivos funcionários e por vezes a substituição de ausências na respetiva equipa.
Esta é apenas uma pequena lista de alguns dos possíveis cargos que esperam por si no campo da cibersecurity. Atualmente, a cibersecurity está a crescer exponencialmente dada a congruente dependência da sociedade na tecnologia e na Internet, e na Ironhack, existem cursos disponíveis sobre cybersecurity que pode encontrar aqui.
Porque é que a cybersecurity É tão importante?
Na sociedade, a tecnologia tornou-se maioritariamente interligada com a vida de todos e, em resultado disso, toda a informação que fica online ou numa base de dados é vulnerável. Felizmente, os super-heróis da Internet e dos computadores, os protetores da cybersecurity, existem para defender os dados, assim como para detetar e erradicar quaisquer ameaças à segurança, e sem eles, o mundo inteiro seria extremamente suscetível a uma miríade de crimes.
A cybersecurity pode não ser um tema de que se fala frequentemente, mas é da maior importância para o bem-estar de todos.