Ao longo do Bootcamp de UX Design, nos deparamos com mais de um projeto, sendo que cada um exige uma busca por temas e ideias. Nós vamos construir o nosso projeto pouco a pouco e, muito provavelmente, o primeiro conceito que vier à sua mente vai evoluir e se transformar em uma ideia completamente diferente da inicial. Tudo isso faz parte do processo e, no final, é isso que torna os nossos projetos bem construídos e verdadeiramente úteis para o nosso público-alvo.
Quando se trata de pesquisar tópicos ou de começar a desenvolvê-los, todos nós passamos por uma fase complicada em que pensamos "isso não é bom o suficiente" ou "essa ideia não é incrível". Ter novas ideias é mais fácil para algumas pessoas do que para outras, mas como você vai aprender, a criatividade é um músculo que precisa ser treinado. Não deixe a busca por uma “ideia genial” consumir o que realmente importa: trabalhar com um tema com o qual você se identifica.
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Antes de falar sobre algumas técnicas que vão te ajudar a desbloquear a criatividade em alguns momentos, lembre-se que o mais importante na hora de escolher uma ideia é que você se identifique com o tema do projeto. Você vai ser o criador e desenvolvedor, por isso, é fundamental encontrar um tema que você goste desde o começo, pois, para o bem ou para o mal, você vai se dedicar muuuitas horas nesse projeto. E o que isso significa?
Analise seus hobbies, aquilo que te faz feliz e também as coisas que você não gosta. Cachorros, churrasco, ioga, compras online, forró, guitarra, cantar no chuveiro...não importa o que vem à sua cabeça agora, você está em uma fase de exploração! Por isso, reconheça seus gostos, investigue, registre e anote tudo.
Procure encontrar um tema que, só de se imaginar trabalhando nele, já te dá vontade de se dedicar horas a fio...e com um sorriso na rosto!
Se você já sabe o tema o qual você gostaria de trabalhar, vamos passar para o próximo passo:
Como desenvolver uma ideia e transformá-la em um projeto de UX?
A página em branco onde você vai jogar todas as suas ideias deve ser extremamente tolerante, neste ponto inicial não se trata de qualidade das ideias, mas sim, de quantidade. Permita que todas as ideias venham à tona de qualquer jeito, elas podem ser apenas rascunhos, má escritas, podem ser inacabadas ou parecerem péssimas. Você está na fase de geração de ideias e não existe o conceito de ideia ruim aqui.
Essa fase é o ponto-chave para ter o máximo de ideias possíveis e, entre elas, quem sabe esteja sua ideia final. Conforme o processo vá caminhando, aproveite para olhar de perto para novas partes do problema, e assim você poderá chegar a perguntas diferentes e inspiradoras.
Continuando, aqui vão algumas técnicas de brainstorm que podem funcionar para você:
Trigger Cards
Os Trigger cards são usados para desenvolver o processo mental de brainstorming. Todos eles começam com a pergunta "E se ...", permitindo explorar ideias além do óbvio. Elas podem ser usadas sozinhos ou em grupo. Cada uma das perguntas abre um caminho que é super interessante de se explorar.
Brainstorming reverso
Ao invés de seguir a rota tradicional de procurar soluções para um problema, procure maneiras de causar um problema 🔥. Pense em maneiras de destruir um processo ou fazer com que seja impossível atingir uma determinada meta. Em uma sessão típica de brainstorming, perguntaríamos "como posso melhorar a experiência do usuário?"; em uma sessão de brainstorming reversa, perguntaríamos "o que posso fazer para tornar a experiência do usuário tão terrível que faça com que meus clientes se afastem do meu produto/serviço?". Essa é uma maneira muito interessante de usar sentimentos negativos como ferramentas para gerar uma solução positiva para o problema.
Pensamento divergente
Esse tipo de pensamento é muito comum em crianças e com o tempo, quase sem perceber, começamos a perdê-lo #QueGrandeErro. O pensamento divergente é sobre criar soluções diferentes para o mesmo problema, gerando muitas soluções possíveis. O resultado? Conexões inesperadas. Tecnicamente, de acordo com a teoria, essas "soluções" devem ser engenhosas, mas muitas vezes não são 🤦🏻♀️. Uma maneira de alimentar e desenvolver esse tipo de pensamento, é procurar por “Técnica de Gordon/Little”, ou, se você domina o inglês, procure por “synectics exercises”.
Mindmapping ou mapa mental
Mindmapping ou mapa mental é uma forma de capturar ideias, explorar conceitos, fazer anotações e priorizar informações em um formato bem fácil de entender e reter. Para seguir esta técnica, basta escrever o problema/desafio em no máximo 4 palavras e relacionar outras palavras ou frases com esse problema/desafio inicial, conectando-as a partir de linhas. O que você vai ver no mapa no final? Conexões entre ideias que não pareciam ter uma conexão. 🌀
Agora, duas dicas finais que talvez sejam as mais valiosas: aproveite muito o processo, e não cometa aquele erro tão comum de se apaixonar pelas primeiras ideias. Garantimos que na hora de testá-las, você terá que dizer adeus a muitas delas! Mas não tem problema, afinal, você vai ter uma lista de possibilidades abertas!
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